Floresta Amazônica
Mata Atlântica
A Mata Atlântica é uma floresta pluvial tropical com clima quente e úmido devido à proximidade com o oceano, do qual recebe ventos carregados de vapor d'água. Originalmente essa floresta ocupava toda a faixa litorânea do Brasil, desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, e sua vegetação se assemelha muito com a da Amazônia. Embora seja menor que o bioma amazônico, sua biodiversidade é considerada a mais rica das apresentadas em florestas tropicais, pois possui um extraordinário número de espécies endêmicas, ou seja, que são encontradas apenas nesse bioma. Apesar de sua vasta biodiversidade, a situação da Mata Atlântica é extremamente grave, pois das duzentas e duas espécies de animais oficialmente consideradas ameaçadas de extinção, de acordo com o IBAMA, cento e setenta e uma estão presentes nesse bioma. Atualmente restam menos de 7% de sua área original, o que a torna o nosso bioma mais devastado e ameaçado. Ela foi dizimada ao longo de cinco séculos de ocupação, primeiro com a exploração do pau-brasil, posteriormente pelo plantio de cana-de-açúcar e café e, hoje em dia, pela intensa ocupação urbana. Na região que foi originalmente ocupada pela Mata Atlântica, existem as maiores cidades brasileiras, que, por sua vez, dependem do que restou da mata para preservar seus mananciais, fontes de água para o abastecimento da população. |
Pantanal
O Pantanal é a maior planície inundável do mundo e está presente nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Com altitudes muito baixas, recebe as águas de vários rios da região que são acompanhadas de toneladas de sedimentos que tornam o solo desse bioma extremamente rico. Embora não possua tantas espécies endêmicas como a Mata Atlântica e a Amazônia, a sua biodiversidade é riquíssima, com destaque para a incrível variedade de aves e peixes. Ele é a paisagem brasileira que mais enche os olhos dos visitantes pela sua beleza e exuberância. Por isso, possui um grande potencial para o turismo ecológico que, se explorado de forma racional e sustentável, pode se tornar uma das principais fontes de desenvolvimento para a região. Os principais impactos ambientais que assolam o Pantanal são provocados por garimpos irregulares, turismo e migração desordenados e predatórios, tráfico de animais silvestres, pecuária extensiva, caça e pesca predatórias. |
Cerrado
É o segundo maior bioma do Brasil em extensão territorial, pois ocupa grande parte da Região Centro-Oeste do País. Também conhecido como savana brasileira, é um bioma tropical com estações bem definidas de seca (inverno) e chuvas (verão). Sua vegetação é menos densa que a das florestas tropicais e desenvolve-se em regiões sujeitas a incêndios naturais, apresentando árvores que possuem troncos retorcidos e cascas com espessa cortiça, resultantes da pobreza de nutrientes do solo da região e não pela falta de água, como erroneamente se pensa. Devido a seu aspecto mais grosseiro, esse tipo de vegetação sempre foi menosprezada, pois é considerada uma área perdida para a economia do País. De acordo com o IBAMA, o Cerrado é o segundo colocado na lista dos biomas cuja biodiversidade está ameaçada de extinção, perdendo apenas para a Mata Atlântica. As maiores agressões a esse bioma se iniciaram na década de 60 do século passado, com a construção de Brasília e a ocupação da Região Centro-Oeste do País, que provocaram e impulsionaram o desenvolvimento da agropecuária e o desmatamento, ações que devastaram grande parte do Cerrado. Atualmente, restam apenas 20% de sua área original. As monoculturas extensivas (principalmente de soja), a expansão urbana desordenada, a mineração e a invasão de áreas indígenas são outros fatores de impacto sobre esse bioma. |
Caatinga
A Caatinga, também conhecida como Sertão Nordestino, manifesta-se na maior parte do nordeste brasileiro, que apresenta clima semi-árido, baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas. Em tupi-guarani significa “mata branca”, devido ao aspecto de sua vegetação em época de seca, em que as plantas perdem as folhas e os galhos ficam acinzentados. Apesar de toda a aridez, a região é rica em biodiversidade animal e vegetal, pois abriga 1/3 de espécies endêmicas exclusivamente brasileiras, ou seja, elas só existem na Caatinga. De forma geral, a vegetação é formada por arbustos, árvores baixas, retorcidas e cheias de espinhos ou cactos, todos adaptados ao clima quente e seco. A ocupação humana da Caatinga é um problema muito sério, pois a seca faz parte e é característica da paisagem e o homem, após séculos de ocupação, pouco entende sobre como se desenvolve e é frágil esse bioma, aspectos que tornam a vida nele ainda mais difícil. Seus principais impactos ambientais são a formação de grandes latifúndios para a criação de gado, desmatamentos para formar pastagens e implantar indústrias, exploração irregular de recursos hídricos, de combustíveis fósseis e projetos de irrigação e drenagem executados sem critério, que provocam a salinização do solo ou o assoreamento dos açudes. Além disso, devido ao desmatamento, muitas áreas atingiram um nível de desertificação irreversível que tende a se expandir gradativamente para áreas vizinhas. |
Campos
Encontra-se esse tipo de bioma em dois lugares distintos: os campos de terra
firme (savanas de gramíneas baixas) são característicos do norte da Amazônia,
Roraima, Pará, Ilha do Bananal e Ilha de Marajó, enquanto os campos limpos
(estepes úmidas) são típicos da Região Sul.
Encontra-se esse tipo de bioma em dois lugares distintos: os campos de terra
firme (savanas de gramíneas baixas) são característicos do norte da Amazônia,
Roraima, Pará, Ilha do Bananal e Ilha de Marajó, enquanto os campos limpos
(estepes úmidas) são típicos da Região Sul.
Os campos sulinos, conhecidos como pampas ou pradarias, abrangem o centro-sul do estado do Rio Grande do Sul, que apresenta clima subtropical, com verão muito quente e inverno rigoroso.
É formado por vegetação rasteira ou arbustiva, constituída principalmente por gramíneas e pequenas árvores esparsas. Sua biodiversidade animal é bastante típica, mas não muito rica, pois é formada basicamente por roedores, felinos e aves.
Muitas áreas desse bioma já foram descaracterizadas pela ação humana, devido à pecuária extensiva (que desgasta o solo), ao plantio de soja e trigo (que diminui a fertilidade do solo) e aos desmatamentos e queimadas irregulares (que causam erosão, perda de matéria orgânica e desertificação).
Bioma marinho
ResponderExcluirO bioma marinho do Brasil situa-se sobre a "Zona Marinha do Brasil" e apresenta diversos ecossistemas.
A "Zona Marinha do Brasil" é o biótopo da Plataforma continental que apresenta largura variável, com cerca de 80 milhas náuticas, no Amapá, e 160 milhas náuticas, na foz do rio Amazonas, reduzindo-se para 20 a 30 milhas náuticas, na região Nordeste, onde é constituída, basicamente, por fundos irregulares, com formações de algas calcárias. A partir do Rio de Janeiro, na direção sul, a plataforma volta a se alargar, formando extensos fundos cobertos de areia e lama. A Zona Costeira Brasileira é uma unidade territorial, definida em legislação para efeitos de gestão ambiental, que se estende por 17 estados e acomoda mais de 400 municípios distribuídos do norte equatorial ao sul temperado do País. É um conceito geopolítico que não tem nenhuma relação com a classificação feita pela ecologia. A Zona Costeira Brasileira tem como aspectos distintivos em sua longa extensão através de diferentes biomas que chegam até o litoral, o bioma da Amazônia, o bioma da Caatinga e bioma da Mata Atlântica. Esses biomas com grande variedade de espécies e de ecossistemas, abrangem mais de 8.500 km de costa litorânea.